Uma dona de casa de 42 anos passou por horas de medo e de terror nas mãos do próprio marido, um vigilante de 53 anos com quem convivia há um ano, em Vitória. A mulher foi torturada e mantida em cárcere privado por três dias, até que foi salva pelo irmão. 

 

O crime aconteceu no bairro São Pedro. Segundo a vítima, o suspeito já tem passagens pela polícia por lesão corporal, ameaça, receptação e porte ilegal de arma de fogo.

 

A dona de casa contou que ela e o marido são usuários de crack e que, na última sexta-feira, estava em casa, quando o suspeito chegou da rua e, sem motivo aparente, trancou a porta da residência e passou a espancá-la.

 

A mulher disse que foi agredida com socos, chutes, tapas e pauladas por todo o corpo. Cansado de bater na mulher, o vigilante saiu de casa e deixou a vítima trancada, sem comida e sem água. A sessão de tortura se repetiu, sem parar, nos dois dias seguintes.

 

Violência 

 

A vítima relatou à polícia que, nesse tempo, o marido saía de casa, bebia e usava drogas e voltava ainda mais violento. Não satisfeito em só bater na companheira, o suspeito ainda obrigou a mulher a andar em cima de cacos de vidro.

 

A todo o tempo a dona de casa também era ameaçada de morte pelo marido. Em depoimento, ela relatou que chegou a pensar que fosse morrer, de tão fraca e machucada que estava. Foi um vizinho que, indignado com a situação, ligou para o irmão da vítima e contou o que estava acontecendo.

 

A dona de casa foi socorrida pelo irmão, que chamou um táxi e a levou para o Hospital São Lucas, em Vitória, de onde recebeu alta na manhã de ontem. 

 

O suspeito de cometer o crime não foi localizado pela polícia. A vítima entrou na Justiça com um pedido de medida protetiva contra o marido.