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Balada 'Open Bar' e com entrada grátis para mulheres gera polêmica
Publicado em 2016-06-13 09:02:21




 

"Mulher VIP até 0h", "Open Bar reservado para mulheres", além de entradas com valores mais baratos para as mulheres são políticas adotadas na maioria das boates capixabas. As práticas dividem tanto estabelecimentos como o público feminino, que aponta o machismo como justificativa para um interesse sexual por trás dos possíveis benefícios.
O G1 ouviu casas noturnas de Vitória, Vila Velha, Serra e Guarapari. Assim como mulheres que frequentam os ambientes. As clientes falaram como percebem este tipo de prática. Os donos falaram sobre os motivos para a diferenciação sexual nos padrões de vendaPara a advogada e cientista social Lívia Xavier, a cobrança diferenciada por gênero nas boates é uma prática que favorece o machismo e a objetificação das mulheres.
“A cultura é tão forte que nós passamos a vida toda achando que é um benefício, até compreendemos que é uma questão predadora. Essas coisas são feitas para atrair as mulheres, para que fiquem mais bêbadas e mais vulneráveis. Quando um homem vai a uma festa, ele se preocupa em ser roubado e coisas assim, mas eu duvido que ele se preocupe constantemente com o assédio, com o estupro, nós sentimos essa vulnerabilidade o tempo todo", destaca.
Esse tipo de iniciativa também foi condenada pela estudante de geografia Catarina Tosé.“É como se estivesse sendo vendida lá, as mulheres se tornam parte da decoração da festa. O objetivo é o homem ter a diversão dele garantida, que é pegar mulher e acaba se tornando comum as pessoas passarem a mão em você, te segurarem e te tocarem sem a sua permissão nesses locais”.
Já a estudante de odontologia Elizandra Frisso pensa que a política do ingresso diferente é positiva quando revertida em consumação."Acho justo porque eles costumam beber mais, quando o preço é só pela entrada no estabelecimento, acredito que valores iguais para os dois seja o ideal", comentou.
A estudante de publicidade Letícia Carvalho conta que frequentou boates que reservavam um espaço só para as mulheres beberem de graça até determinado horário.
"Quando esse horário acaba as meninas já estão bêbadas e mais vulneráveis. Conheço pessoas que acham normal e brigam para que não acabe, mas eu me sinto como um objeto se a balada não cobra entrada para mulher ou tem um valor muito divergente, principalmente porque o assédios nesses lugares chegaram a ser abusivos em alguns momentos", relata.


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