Madrugada FAMA 

"Estendi a mão para ajudá-lo e ele não quis", diz agredida sobre bacharel de Direito
Publicado em 2017-01-03 11:14:23




 

“Eu fico me perguntando o que eu fiz para esse rapaz me fazer tanto mal?”. O questionamento é da faxineira Creonice Coutinho dos Santos, 43 anos, espancada na garagem do prédio onde trabalha, na Praia do Canto, em Vitória, por um morador do condomínio, o bacharel em Direito Bertrand Aron Vibert Franceschi, 31 anos.
 
O crime aconteceu na última quinta-feira, depois que Creonice tentou ajudar o bacharel. Beltrand caiu no chão ao ter o que parecia ser uma convulsão, logo após chegar na garagem do prédio de carro. Ele confessou ter usado drogas e bebida alcóolica.
 
Creonice foi alvo de inúmeros socos na cabeça e chutes. Ela desmaiou e precisou ser levada para o hospital São Lucas, onde passou uma noite internada e, atualmente, se recupera em casa.
 
O bacharel em Direito foi preso por tentativa de homicídio e continua preso no Centro de Triagem de Viana. A Polícia Militar encontrou garrafas vazias e 13 pinos de cocaína no interior do carro dele.
 
Ainda sentindo muitas dores na cabeça, Creonice conversou com a reportagem e contou o pouco que se recorda dos momentos antes das agressões. Ela acredita que foi vítima de preconceito por parte de Beltrand. 
 



Convulsão
 
Ele chegou de carro e estacionou. Eu estava limpando o andar de cima e desci para varrer a garagem. Quando cheguei lá, o vi caído no chão. A minha colega de trabalho estava comigo e saiu para falar com o socorro ao telefone. Ele foi acordando e disse “estou com medo”. Falei que não precisa ter medo, pois estava ali para ajudá-lo e estendi a mão. Ele não quis.
 
Espancamento
 
Logo, o porteiro chegou e eu fui ao elevador para subir para o outro andar. Quando percebi, ele estava me puxando pelos cabelos, dizendo que eu era ladra. Ele queria me matar. Deu socos na minha cabeça e eu caí. Depois disso, só lembro de acordar com o socorro ao meu redor.
 
Surpresa
 
Nunca imaginei ser vítima de uma violência no trabalho. E menos ainda vindo desse rapaz. Ele me tratava com educação e sempre cumprimentava quando passava por mim no prédio. A namorada dele também era gentil comigo e com as demais funcionárias.
 
Motivos
 
Acho que me agrediu por eu ser negra, por isso me chamou de ladra. Afinal, ele não fez a mesma coisa com o porteiro, que ficou ao lado dele quando eu sai.
 
Recuperação
 
As dores de cabeça não param. Não consigo nem sequer dormir. Os remédios não adiantam. A dor no corpo está diminuindo, ainda tenho machucados na orelha e em um dos cotovelos que estão cicatrizando.
 
Trabalho
 
Tenho receio de voltar ao trabalho e encontrar com ele, não sei a reação que terei e nem a dele. Trabalho lá há 5 anos, tenho um bom patrão e as pessoas são educadas. Agora, neste momento, só quero me recuperar. Minhas filhas, meu neto, meus irmãos e minha mãe têm me ajudado muito . Tenho uma família abençoada.
 
Perdão
 
Eu não vou desejar mal a esse homem. No entanto, quero que ele reflita e aprenda com o que fez. Peço a Deus que entre na vida dele e que possa mudá-lo.

Fonte: gazetaonline.com.br

 



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