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Rio Bananal tem a pior enchente da história da cidade e 250 pessoas estão desabrigadas
Publicado em 2013-12-18 10:39:45




 

O grande volume de chuva que atinge o Estado desde segunda-feira tem castigado capixabas com deslizamentos de terra e inundações. Até o momento, 294 pessoas estão desalojadas e 22 desabrigadas. No interior do Estado, 13 municípios sofrem muito com os impactos da chuva, mas em Rio Bananal a situação é ainda pior. Com as chuvas, o município está enfrentando o maior alagamento desde a grande enchente de 1979, segundo a administração municipal. Na Grande Vitória, Viana foi a cidade mais afetada.
 
O volume de chuva esperado para todo o mês de dezembro no município era 193 milímetros, mas o total acumulado em 24h foi de 120 milímetros em Rio Bananal. Com isso, o nível da água do rio que corta a cidade aumentou 4,5m acima do normal, inundando a cidade e causando grande destruição. 
 
Até ontem à tarde, pelo menos 250 pessoas estavam desabrigadas no município, de acordo com a prefeitura municipal. 
 
Cacheiro de Itapemirim, no Sul do Estado, enfrenta chuva forte desde a sexta-feira, segundo a Defesa Civil Municipal. “Não registramos feridos, mas com o volume de chuvas acumulado em 180 milímetros, vamos registrar enormes prejuízos ” explica o agente da defesa Civil Municipal, Cleidson Rosa Marcelino.
 
Outros municípios mais afetados no interior são Nova Venécia, Governador Lindenberg, Atílio Vivacqua, Baixo Guandu, Bom Jesus do Norte, Castelo, Ecoporanga, Itarana, Laranja da Terra, Muniz Freire e Vargem Alta. 
 
Já na Grande Vitória, de acordo com a Defesa Civil, Viana registrou pontos de alagamentos nos bairros Vila Bethânia, Santo Agostinho, Universal, Ipanema, Industrial e Campo Verde.
 
Vila Velha registrou um deslizamento de terra no bairro 23 de Maio. Na ocorrência, três famílias ficaram afetadas, totalizando 13 pessoas. As famílias foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e levadas para casas de parentes. A Defesa Civil Municipal contabilizou duas famílias desalojadas e uma desabrigada. 
 
Em Cariacica, o bairro Flor de Piranema foi o mais atingido por alagamento. No bairro Nova Rosa da Penha I, foi registrado um deslizamento de terra, mas não houve feridos.
 
Correnteza arrastou duas casas inteiras
 
Além de pontes, carros, móveis e animais, pelo menos duas casas inteiras foram arrastadas pelas águas do rio que corta Rio Bananal, na maior enchente registrada na história do município. Com as chuvas que castigam todo o Estado desde a última semana – intensificadas na segunda-feira –, as águas subiram 4,5 metros acima do nível normal e inundaram a cidade causando destruição e prejuízo. 
 
“Eu nunca vi nada parecido. As perdas só poderão ser contabilizadas depois que as águas baixarem. Por enquanto, estamos priorizando socorrer a população” explicou o prefeito do município, Edimilson Elisiário, que mal podia conter a emoção. 
 
Até o início da noite de ontem, não era possível precisar o número de desabrigados e desalojados no município. “Calculamos cerca de 250 moradores desabrigados, mas o número poderá ser muito maior. Toda as entradas e saídas da cidade estão bloqueadas pela inundação ou por deslizamentos de terra” explica o prefeito.
 
Uma verdadeira força-tarefa trabalha 24 horas por dia no socorro às vítimas: as Defesas Civis Municipais e Estaduais , o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e voluntários. 
 
As pessoas socorridas, por meio de barcos, boias, jetskis e até helicóptero, são levadas para o ginásio de esportes do município, ou então para casa de parentes onde podem se abrigar. “Nosso maior medo é que as chuvas continuem. Se isso acontecer, não saberíamos nem mais o que fazer”, avalia o prefeito Elisiário. 
 
Mas para alívio da comunidade, no início da noite de ontem, a intensidade da chuva diminuiu, e as águas haviam baixado cerca de dois metros, segundo o Corpo de Bombeiros. “É muito difícil passar por uma situação como essa, nunca vi isso acontecer aqui na cidade. Ainda não tive como contabilizar os prejuízos da minha marmoraria, mas espero poder voltar a trabalhar até o final de semana”, relatou o empresário Carlos Alberto Mascarelo.
 
O grande volume de chuvas também castigou outras cidades da região Noroeste do Espírito Santo, provocando alagamentos e queda de barreiras.
 
Em Governador Lindenberg, três casas foram atingidas por deslizamento de terra, mas ninguém se feriu. Em Laranja da Terra, 40 pessoas ficaram desalojadas devido a alagamentos no distrito de Joatuba. Em Itarana teve queda de barreiras. 
 
Lavoura de café não foi afetada
 
A cafeicultura, principal atividade econômica de Rio Bananal, não foi tão afetada pela chuva, já que a zona rural do município é mais alta e mais distante dos rios.
O chefe do escritório local do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Antônio Elias Caetano, explicou que o café conilon, responsável por mais de 90% da receita do município, não foi afetado. 
As lavouras estão em fase de formação dos grãos e chuva, nesse período, não atrapalha. A outra atividade, a pecuária mista (leite e corte) também não foi afetada. (Rita Bridi)
 
Estado de emergência em cidades do Sul
 
No município de Castelo, dois muros caíram e duas casas foram interditadas
Os municípios de Castelo, Vargem Alta e Mimoso do Sul, na Região Sul do Espírito Santo, decretaram situação de emergência devido às fortes chuvas que atingiram os municípios. 
 
Segundo informações das prefeituras de Castelo e Mimoso, os prejuízos das duas cidades chega a quase R$ 5 milhões. Além delas, outras cidades do Sul ainda sofrem com os problemas da chuva.
 
Segundo dados da Defesa Civil de Castelo, o prejuízo chega a R$ 3 milhões. Até a tarde de ontem, 26 pessoas estavam desalojadas – estão em casa de parentes – e seis desabrigadas, que foram levadas para moradias provisórias por meio do programa Aluguel Social. 
 
As famílias tiveram que deixar suas residências devido ao aumento de 2,7 metros no nível do Rio Castelo, que deixou 20 casas alagadas. Ainda em Castelo, uma ponte e dois muros caíram, duas casas foram interditadas e diversas estradas que ligam a sede ao interior estão intransitáveis.
 
Rio cheio 
 
A situação em Mimoso do Sul ainda é reflexo do último final de semana. São 140 pessoas desalojadas e sete desabrigadas – levadas para o ginásio de esportes da cidade. A assessoria do município informou que o principal rio que corta a cidade, Rio Muqui, está muito acima no nível e que toda a população foi alertada. No domingo, devido a problemas nas estradas, mais de 40 mil litros de leite não foram recolhidos pela cooperativa de laticínios da cidade.
 
No fim da tarde desta terça, Vargem Alta decretou situação de emergência por conta dos problemas nas estradas que ligam a sede ao interior. A prefeitura informou que 90% das estradas foram danificadas ou obstruídas, o que tem ocasionado problema no escoamento agrícola.
 
Em outras cidades, como Cachoeiro de Itapemirim, houve quedas de muros, deslizamento de barrancos e queda de árvores e alagamentos no interior. Já em Atílio Vivácqua, as comunidades rurais foram as mais afetadas. De acordo com o prefeito, José Luiz Torres Lopes, os produtores estão com dificuldade para escoar a produção.

Fonte: gazetaonline.globo.com



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