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Casagrande dispara: "O que provocou o fim da unidade foram projetos pessoais
Publicado em 2014-05-07 11:07:13



Minutos após conceder entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (06), colocando-se como pré-candidato à reeleição e oferecendo-se como militante do presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE), o governador Renato Casagrande (PSB) concedeu entrevista exclusiva à coluna Praça Oito, de A GAZETA.
 
Nesta conversa, o socialista citou o porquê de querer mais quatro anos no Palácio Anchieta, falou da relação com peemedebistas e de como pretende encarar o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) de agora em diante. Confira:
 
Por que o senhor quer ser candidato à reeleição?
 
Eu quero ser candidato à reeleição porque nesses três anos e cinco meses de governo nós produzimos um conjunto de resultados para o nosso Estado na área social. Começamos a quitar um passivo histórico, fazendo as maiores aplicações de recursos nessa área. E também porque, até dezembro, com quatro anos de governo, teremos feito os maiores investimentos em infraestrutura deste Estado. Fizemos uma parceria forte com os municípios, em uma hora de dificuldade que eles estão passando, abrimos canais de comunicação e de diálogo com a sociedade capixaba, e aperfeiçoamos a gestão fiscal. Governar 2011, 2012 e 2013 tem sido um ato desafiador porque o mundo está crescendo pouco, o Brasil cresce pouco, as receitas dos municípios estão caindo e a receita do Estado foi afetada pelo baixo crescimento. Ainda assim, nós, nesse ambiente, conseguimos formar uma base que produziu resultados. 
 
Na coletiva desta terça-feira (06), o senhor disse que passou os últimos anos evitando comparações e "passando por cima de críticas". De agora em diante o senhor pretende rebatê-las e fazer a comparação dos quatro anos de seu governo com os quatro anos anteriores? 
 
Está demarcado um campo de debate. Este debate não considera mais aquela antiga unidade, que eu lutei tanto para preservar. Agora nós vamos construir novas composições. O futuro vai depender dessas novas composições, que vamos fazer daqui para frente. O formato, a base principal, é o resultado de governo. Esse resultado de governo pode ser comparativo ou não. Mas ele é um resultado que precisa sempre ser apresentado com aquilo que a gente conquistou a mais, que a gente fez a mais: a marca do investimento na área social. Este trabalho vai ser apresentado à sociedade para deixar de forma explícita as vantagens, os benefícios e os avanços que a gente pode ter com mais quatro anos de governo Renato Casagrande. 
 
O que levou à ruptura da unidade?
 
A unidade teve a importância nos últimos anos. Eu dei importância a ela nos oito anos do governo Paulo Hartung (PMDB) e dei importância agora, no meu governo, naturalmente como coordenador do movimento político. Infelizmente, algumas lideranças de alguns partidos não tiveram a mesma compreensão. Acho que o que provocou o fim da unidade foi a contaminação do projeto nacional e projetos pessoais. 
 
O senhor defendeu a unidade e ela não se manteve. A partir de agora pode ser mais difícil disputar?
 
Pode, pode ser mais difícil disputar sim.Vamos ter um esforço maior. Ter mais divisões significa um esforço maior para obter apoio em diversas instituições. Nada que a gente não consiga romper ou vencer, como vencemos vários desafios neste governo. E um futuro governo, em que a gente não tenha o mesmo nível e a mesma amplitude de composição, vai exigir ainda mais energia nossa para que a gente possa governar e produzir resultados. 
 
O líder do governo na Assembleia (deputado Elcio Alvares, do DEM) é do grupo político do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), seu possível adversário nestas eleições. Como acreditar que uma pessoa que não pertença ao seu grupo político vá fazer a defesa do seu governo?
 
Confio na história do deputado Elcio Alvares, no seu comprometimento e na sua responsabilidade como deputado estadual e como líder do governo. Na avaliação que eu faço, eu mantenho a minha confiança. Agora, ele tem que fazer uma reflexão se acha que mantém as condições de permanecer como líder. 
 
O senador Ricardo Ferraço e o ex-governador Gerson Camata, ambos do PMDB, já defenderam que o senhor seja reeleito. Eles vão ter voz na campanha?
 
Voz total. E com muita intensidade, porque são lideranças importantes. Gerson Camata foi governador, foi senador, exerceu diversos cargos é respeitado no Estado todo. O Ricardo Ferraço é um senador jovem, atuante, dinâmico, tem posição. Tenho conversado com eles, e eles terão cada vez mais participação no trabalho que começamos a fazer agora. 
 
O senhor tem também do seu lado o prefeito de Vitória Luciano Rezende (PPS) e o PSDB de Luiz Paulo Vellozo Lucas está muito próximo do projeto do senhor. O que une o senhor, Luciano, Luiz Paulo e Ferraço?
 
A vontade da gente de construir uma política em que a sociedade possa ser cada vez mais respeitada, que a dignidade esteja presente em cada ação nossa. Essas lideranças, independente de terem tido enfrentamentos no passado, são pessoas que têm sonhos, que são sérias. São pessoas decentes. Isso unifica. A ética e a capacidade das pessoas de respeitar os sonhos do cidadão estão muito acima de qualquer divergência eleitoral. 
 
O ex-governador Paulo Hartung pode ser considerado seu adversário político?
 
Eu ainda não tenho nenhum adversário. O meu adversário é quem não estiver no momento certo em sintonia com um projeto aprovado pela maioria da população capixaba. Meu governo é aprovado pela maioria da população. No decorrer deste mês de maio, de junho, aqueles que estiverem contestando isso serão meus adversários políticos. 
 
Nos últimos três anos o senhor evitou confrontos com governo federal. Alinhado projeto nacional do PSB, o tom em direção à presidente Dilma Rosseff vai mudar? 
 
Eu tenho responsabilidade institucional, vou mantê-la na relação com o governo federal e também espero que de lá para cá tenha o mesmo tipo de comportamento.


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