Voz do Brasil 

Deputados fazem bolão do impeachment de Dilma
Publicado em 2016-04-14 08:41:41




 

Apesar do ambiente de tensão escancarado até nas muralhas provisórias em frente ao Congresso Nacional, os deputados do Solidariedade (SDD) começaram nesta quarta-feira (13) um bolão de apostas para ver qual parlamentar acerta o resultado da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Paulinho da Força (SP) e Carlos Manato (ES) idealizaram a brincadeira numa conversa informal, mas a ideia foi ganhando adesões pelos corredores e no cafezinho do plenário. À reportagem, Paulinho mostrou a lista já com 25 apostadores ontem à tarde: “Queremos saber a opinião do povo”, disse ele, alinhado à oposição pela queda de Dilma. Cada um anota sua aposta de placar e dá R$ 100. O vitorioso leva o valor acumulado para casa no domingo, dia da votação.
Atualizadas a todo momento, listas com o quadro de votos por partido circulavam entre os 513 deputados a todo momento ontem. “Houve mudanças e já recalculamos que o impeachment terá de 368 a 370 votos”, contabilizava Paulinho, também criador do chamado “aviso prévio” de Dilma. “O momento é tenso e de seriedade, mas não levamos esse bolão para o lado pejorativo. Servidores de gabinetes pró-governo também vieram me vacinar contra o ‘golpe’ num corredor, mas eu disse que já estava doente”, argumenta Manato, que apostou num placar de 379 votos a favor e 117 contra o afastamento de Dilma.
Para Manato, o governo não consegue mais reverter a derrota, visto que um “movimento de onda” leva os deputados da volátil base aliada ao Executivo a aderir ao impeachment. “Agora é igual a água morro abaixo, é onda e ninguém fica com Dilma. Já apoiam o impedimento o PP, PRB, PSD e PSB, e o PR está vindo também”, analisa o capixaba.
Indagado, Manato discorda das críticas do PT de que que falta legitimidade à comissão de impeachment da Câmara, formada em maioria por deputados processados na Justiça. “São processo na área ambiental, trabalhista... Não são todos processos de corrupção”, diz ele, que é corregedor-geral da Câmara. Na função desde fevereiro de 2015, ele diz que, dos 35 processos abertos, fez apenas duas punições: advertências escritas aos deputados Silvio Costa e Edmilson Rodrigues. “A pena máxima da Corregedoria é mandar o processo para o Conselho de Ética”. Este foi o caso do presidente Eduardo Cunha, até hoje sem punição no mesmo conselho.
 


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